March 19, 2025 09:42

Mercedes testa baterias sólidas com mais autonomia

Os fabricantes de automóveis e de baterias perseguem as baterias sólidas, mas sem sucesso. A Mercedes fez saber que já está na estrada a testar esta tecnologia, que reduz preço e aumenta autonomia.

No que respeita aos veículos eléctricos, as baterias sólidas são o futuro, pois de uma assentada prometem não só reduzir os custos e os riscos de incêndio, como também aumentar a capacidade de armazenar mais energia e suportar um maior número de ciclos carga/descarga, fazendo desta forma aumentar a longevidade da bateria. E apesar de os cientistas afirmarem muitas vezes que os acumuladores com esta tecnologia estão aí ao virar da esquina, a realidade é que ainda não foi possível produzi-los em massa. Mas como “a esperança é a última a morrer”, a Mercedes anunciou o arranque de testes de longa duração com este tipo de acumuladores, recorrendo às células fabricadas pela norte-americana Factorial Energy.


Se a bateria é a peça mais cara e pesada de qualquer veículo eléctrico que as utilize para armazenar energia, as baterias sólidas são apontadas como o Santo Graal desta tecnologia. Na essência, substituem por um electrólito sólido o electrólito líquido que é tradicionalmente utilizado nas células que formam o pack de baterias, dentro do qual se deslocam os iões de lítio entre os eléctrodos (cátodo e ânodo) nas operações de carga e descarga, um líquido que, lamentavelmente, é volátil e inflamável. As vantagens do electrólito sólido — uma espécie de vidro condutor — consistem em não dar origem a fugas que desencadeiam incêndios, em caso de pancadas violentas ou acidentes, permitir carregamentos com uma potência superior, por não ter tanta tendência para aquecer e suportar temperaturas superiores, além de garantir um maior número de ciclos de carga e descarga, aumentando a vida útil da bateria.


Simultaneamente, estes acumuladores com electrólito sólido serão mais baratos de produzir, 40% mais leves, 33% mais pequenos e possuem uma maior densidade energética, ou seja, armazenam maiores quantidades de energia para a mesma dimensão ou peso, garantindo mais 25% de autonomia sem ter de recorrer a uma bateria maior. Isto significa elevar de 400 para 500 km a autonomia de um carro eléctrico compacto com uma bateria pequena, ou de 600 km para 750 km o alcance de um modelo com uma bateria com capacidade mais generosa. No caso do Mercedes EQS 450+, que anuncia de série com baterias convencionais 801 km em WLTP, o objectivo é atingir 1000 km entre recargas. A investigadora portuguesa Maria Helena Braga explica melhor do que ninguém os trunfos das baterias sólidas neste artigo.

Fonte: observador.pt

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